Alexandre Dumas
Romancista e dramaturgo francês
Biografia de Alexandre Dumas
Alexandre Dumas (pai) (1802-1870) foi um romancista e dramaturgo francês, conhecido mundialmente pelos clássicos “Os Três Mosqueteiros” e “O Conde de Monte Cristo”. Esses livros são verdadeiros ícones do romance de capa e espada e gozam de imensa popularidade até os dias atuais.
Nascido como Alexandre Davy de la Pailleterie Dumas em Villers-Cotterêts, Aisne, França, no dia 24 de julho de 1802, Dumas era filho do General Thomas Alexandre Dumas Davy de la Pailleterie e de Marie Louise. Ele era neto de um marquês e de uma escrava negra de Santo Domingo. Com a morte do pai em 1806, Dumas tornou-se órfão e recebeu educação no Colégio do Padre Gregório, onde se destacou em latim, gramática e caligrafia.
Em 1818, passando por dificuldades financeiras, ele trabalhou em um cartório, onde conheceu Adolphe von Leuven, um nobre sueco refugiado. A amizade com Leuven levou Dumas a escrever sua primeira peça, “O Major de Strasburgo”, em 1821.
Após se mudar para Paris em 1822, Dumas conheceu o escritor Auguste Lafarge e decidiu que sua vocação era o teatro. Sua inspiração aumentou ao assistir a uma apresentação de “Hamlet”, de Shakespeare, e ele decidiu que poderia criar algo igualmente grandioso.
No ano seguinte, Dumas encontrou emprego com o General Foy, amigo de seu pai, que reconheceu seu talento e o ajudou a entrar na “Comédie Française”. Assim, Dumas começou sua jornada de sucesso no teatro.
Alexandre Dumas, filho
Em 1823, Dumas envolveu-se romanticamente com Catarina Labay, a costureira do prédio vizinho. Um ano depois, seu filho Alexandre Dumas (1824-1895) nasceu. Alexandre Filho tornaria-se célebre com sua famosa obra “A Dama das Camélias”. Após o nascimento do filho, Dumas mudou-se para um apartamento maior, onde viveu com Catarina e o pequeno Alexandre.
Estreia no Teatro
Dumas continuou determinado a encontrar seu lugar no mundo do teatro. Um funcionário sugeriu que ele procurasse o Barão Taylor, um renomado dramaturgo. Sua primeira peça, “Cristina”, foi recusada pela atriz principal, que considerou o material inadequado, obrigando Dumas a alterá-la. Apesar disso, a peça foi deixada de lado.
Após um intenso processo de pesquisa, Dumas escreveu “Henrique III e sua Corte”. A peça, que se tornou um marco do Teatro Romântico na França, estreou com sucesso na Comédie Française em 11 de fevereiro de 1829. O evento contou com a presença do futuro rei e sua comitiva, solidificando a reputação de Dumas.
Após o êxito de “Henrique III”, Dumas revisitou “Cristina”, mudando seu título para “Estocolmo, Fontainebleau, Roma”, o que levou a um novo sucesso nos palcos. Em 1830, Dumas lançou “Antony”, uma obra que tratava de amor e relações sociais, distanciando-se dos temas históricos que haviam dominado seu trabalho anterior.
A vida pessoal de Dumas também se complicou. Ele e Catarina Labay se separaram, e ele casou com a atriz Ida Ferrier em 1840. No entanto, quatro anos depois, o casamento terminou.
Os Três Mosqueteiros
Em 1840, Dumas começou a publicar “Os Três Mosqueteiros”, um romance que rapidamente conquistou o público. A história envolvente, repleta de aventuras e humor, segue o jovem D’Artagnan e seus amigos Athos, Porthos e Aramis, enquanto enfrentam intrigas políticas na França do século XVII.
O sucesso do livro resultou em diversas adaptações para o teatro, cinema e televisão, tornando Dumas um nome conhecido em todo o mundo. A obra não apenas trouxe fama a Dumas, mas também se firmou como um clássico atemporal.
O Conde de Monte Cristo
Em 1844, Dumas lançou outro de seus grandes sucessos, “O Conde de Monte Cristo”. Embora a obra não tenha superado a popularidade de “Os Três Mosqueteiros”, ela se destacou pela narrativa intrigante e pela exploração de temas como vingança e redenção. Mais tarde, Dumas continuou a saga de D’Artagnan com “Vinte Anos Depois” e “O Visconde de Bragelonne”, sempre contando com a ajuda de colaboradores.
Últimos Anos
Dumas enfrentou dificuldades em sua vida pessoal e profissional ao longo dos anos. Em 1850, durante a declaração do Segundo Império, ele se exilou na Bélgica, onde continuou a escrever. Ao retornar a Paris em 1853, fundou o jornal “Os Mosqueteiros”. Dumas também se envolveu em causas políticas e participou da campanha de unificação na Itália, promovida por Giuseppe Garibaldi.
Ele se dedicou à literatura até sua morte em 5 de dezembro de 1870, em Puys, perto de Dieppe, França. O legado de Dumas vive através de suas obras, que totalizam mais de 177 volumes, incluindo peças, romances e crônicas.
Obras de Alexandre Dumas
- O Major de Strasburgo, teatro, 1821
- Estocolmo, Fontainebleau, Roma, teatro, 1824
- Henrique III e Sua Corte, teatro, 1829
- Antony, teatro, 1831
- Napoleão Bonaparte, teatro, 1832
- Carlos VII entre Seus Grandes Vassalos, teatro, 1832
- A Torre de Nesle, teatro, 1832
- Impressões de Viagem, 1832
- Cavaleiro de Harmenthal, romance, 1840 (com Auguste Maquet)
- Os Três Mosqueteiros, romance, 1844
- O Conde de Monte Cristo, romance, 1845
- A Rainha Margot, romance, 1845
- Vinte Anos Depois, romance, 1845
- Os Quarenta e Cinco, romance, 1847
- O Visconde de Bragelonne, romance, 1848
- O Colar da Rainha, romance, 1850
- A Tulipa Negra, romance, 1850
- A Condessa de Charny, romance, 1853
- O Cavaleiro da Casa Vermelha, romance, 1854

